Estúdio de anime em Kyoto emprega pessoas com deficiência

Estúdio de anime em Kyoto emprega pessoas com deficiência

Em Kyoto, no Japão, o estúdio de anime Shake Hands Sanjo-Karasuma está fazendo a diferença ao oferecer empregos a pessoas com deficiência. O estúdio, sob a liderança de Tomoya Sawada, estabeleceu uma “empresa de apoio ao emprego” há cinco anos.

Atualmente, possui uma equipe de dez funcionários, todos na faixa dos vinte e trinta anos, que tiveram dificuldades de trabalho no passado. Eles estão envolvidos na criação de quadros-chave para seis séries de anime diferentes, incluindo Chiikawa e Spy Classroom.

O local de trabalho adapta-se às necessidades individuais dos funcionários, fornecendo cronômetros para pausas regulares e cortinas para garantir tranquilidade e privacidade.

As pessoas com deficiência, como Yuki Kawai, de 28 anos, diagnosticado com transtorno do espectro do autismo, transtorno de ajustamento e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, encontraram um ambiente onde podem prosperar, apesar dos desafios.

Estúdio de anime em Kyoto emprega pessoas com deficiência
Foto Yuki Kawai trabalhando no estúdio – Reprodução: Mainichi / Norikazu Chiba

Desde que eu era criança, diziam-me que eu era ‘diferente’, mas havia muitas pessoas muito mais singulares do que eu na universidade e eu não tinha consciência das minhas deficiências

Yuki Kawai

No entanto, o salário não é tão alto quanto em estúdios de anime mais tradicionais, mas Sawada enfatiza que à medida que o estúdio cresce, os funcionários ganham mais dinheiro. Eles têm conseguido aumentar a renda mensal daqueles que antes lutavam para ganhar 10.000 ienes (aproximadamente R$ 353,90) para quase 100.000 ienes (aproximadamente R$ 3.387).

O estúdio Shake Hands Sanjo-Karasuma está comprometido em continuar esse trabalho e acredita que muitas pessoas com deficiência são adequadas para a produção de anime. Eles têm a esperança de ajudá-los a ganhar confiança e, ao mesmo tempo, a continuar a construir uma ponte entre as pessoas com deficiência e a indústria criativa.

Via: Mainichi JP