Ex-J-pop nipo-brasileiro denunciou abuso sexual pelo falecido fundador da Johnny & Associates

Ex-J-pop nipo-brasileiro denunciou abuso sexual pelo falecido fundador da Johnny & Associates

Kauan Okamoto, um ex-membro nipo-brasileiro da Johnny & Associates Inc., a principal agência de talentos masculinos do Japão, afirmou ter sido abusado sexualmente várias vezes pelo falecido fundador da empresa, Johnny Kitagawa, quando era adolescente.

Kitagawa era uma das figuras mais influentes da indústria de entretenimento japonesa, impulsionando vários grupos, como SMAP, Arashi e Hey! Say! JUMP para a fama antes de sua morte em 2019. O ex fundador teve várias outras acusações de má conduta sexual ao longo dos anos, inclusive quando ainda estava vivo.

O músico nipo-brasileiro Kauan Okamoto, de 26 anos, expôs durante uma coletiva de imprensa que foi abusado por Kitagawa em torno de 15 a 20 vezes entre os anos de 2012 e 2016, quando ainda fazia parte da agência. Além disso, ele compartilhou que estava ciente de, no mínimo, três outros indivíduos que haviam sofrido abuso semelhante.

Okamoto também afirmou na coletiva que ele acredita que quase todos os que visitaram a residência de Kitagawa foram vítimas, e que é essencial que todos falem sobre isso.

Ex-J-pop nipo-brasileiro denunciou abuso sexual pelo falecido fundador da Johnny & Associates
Kauan Okamoto fala em uma coletiva de imprensa no Clube de Correspondentes Estrangeiros do Japão em Tóquio

No passado, o músico nipo-brasileiro integrava o Johnny’s Jr, um conjunto de adolescentes do sexo masculino, que ainda não haviam feito sua estreia em uma unidade ou performance solo. Normalmente, eles atuavam como dançarinos de suporte para os artistas estabelecidos da agência.

A agência Johnny & Associates pretende fortalecer sua governança e garantir a conformidade completa após alegações de abuso sexual envolvendo o falecido “magnata” Kitagawa.

O assunto ganhou destaque global após um documentário da BBC, exibido em março passado, mostrando entrevistas com outras vítimas de abuso sexual pelo ex fundador.

Fonte e Imagem: KyodoNews